quinta-feira, 9 de setembro de 2010


Bruxelas

Véspera da Conferência da EHFA. Hotel Ibis perto do aeroporto no meio de nenhures. Autocarro até à cidade, ida e volta entre as pequenas localidades, cheias de pequenas mercearias com fruta que me apetece comprar, e de mulheres de lenço a tapar a cabeça que parecem superar em número as mulheres belgas. Até aqui, tudo normal, subúrbios sem especial graça, só pincelados com a cor da fruta.
Gare du Nord e almoço. Tarde. Hora portuguesa do costume, quase 2H30. Por aqui nitidamente tarde.
Viagem até ao Museu Magritte, para dar já com a hora de fecho...5H. Por aqui tudo acaba cedo. Quem vive em Portugal e não viaja para estes lados, nem faz ideia. A hora de trabalho acaba cedo, e a cidade esvazia-se até aos cafés e restaurantes, e ficam os turistas em maioria. Passeio a pé pela cidade, entre os pingos da chuva que teima em cair. Sapatos ensopados e o casaco de cabedal parece não chegar para me proteger do frio.
Felizmente encontrei a zona antiga. Os edifícios lindos, as catedrais, as praças apinhadas de gente. Fotos de telemóvel... esqueci a máquina. E "apanho" as estátuas que se espalham pelas ruas desde o Museu, os edifícios que parecem pintados a folha de ouro, as esplanadas por toda a parte repletas de gente, as janelas coloridas pelos vasos de flores. O cheiro a chocolate no ar, das muitas pequenas lojas que oferecem de tudo o que pode ser feito desta gourmandise, é substituído pelo cheiro de "comida comida" que me atrai para as ruelas dos restaurantes. Loja sim, loja sim Moules e Frites. Jantar às 6H30, já dentro da hora local. Bife e salada. Acho que deixo as Moules para amanhã.
Encontro uma zona comercial excepcionalmente aberta até às 20H, só às 5F, claro, e compro umas botas Crocks para aliviar os pés meios molhados. Depois dessa hora, a cidade está deserta. Caminho até à Gare du Nord. Aos poucos vou saindo da zona antiga para as avenidas largas cheias de prédios altos de vidro e espelhos. Zona dos escritórios, vazia.
Na paragem de autocarro, um condutor simpático ajuda-me a encontrar o autocarro de regresso.
Ibis, computador, e-mails do dia, volta pelo Facebook, e um pouco para deixar aqui dois dedos de conversa.
Até amanhã...

domingo, 30 de maio de 2010

Moscovo...


Moscovo... Convenção do Pilates Institute, da London Body School. Num local priveligiado, nos arredores de Moscovo, onde vivem os ricos e poderosos, Maria e Ilza (bailarina estrela do Bolshoi), têm o seu fantástico estúdio. Fica no meio do bosque, encostado a uma loja de decoração e um Beauty Center, a dois passos de um restaurante VIP onde jantamos ontem. É um edificio de madeira e vidro, de três andares, com pequenos estúdios para sessões individuais, vestiários reservados, bar de apoio, salas para aulas de Ballet, num ambiente de bom gosto, para uma clientela que gosta de privacidade e que exige o melhor. Na convenção, formei junto com Kathy Corey (USA), Michael King (UK) e Malcolm Muirhead (UK) a equipa de presenters estrangeiros. Trinta e cinco instrutores puderam comparecer, num evento que foi reservado para um número reduzido, para se poder usufruir do espaço intimista que tal como para a sua clientela regular, exige selecção e tratamento VIP.

Depois do primeiro dia de convenção, o jantar com Ilza e o seu culto e simpático marido e enteada, foi no restaurante ao lado. Depois de ser surprendida por dois carros cheios de exercito e guarda-costas que escoltavam um casal com uma criança para o restaurante, entramos, e deu para perceber que se vive um ambiente aparentemente descontraido, mas bem diferente do nosso em Portugal. A roupa é toda de marca, tal como o centro comercial que passamos na estrada, com o seu Spa para carros, os stands da Bentley, Ferrari, Lanborghini, Harley Davidson, e tudo o que é marca de alta costura. Para que não sobrem dúvidas, os sapatos da senhoras têm a marca e escrito Prada, e a roupa vai do super bom gosto, ao "tenho muito dinheiro, mas é tudo", em calças colantes prateadas, com sapatos de cunha às riscas e top de leopardo... O restaurante, no entanto é simples e muito chic. Mesas de madeira antigas, e cadeiras cada uma de seu estilo, armários do início do séc XX, vasos de plantas espalhados por todo o lado, debaixo dum toldo ao ar livre, que proteje do excesso de sol e da chuva. Junto à porta do restaurante, uma pequena banda toca um misto de Jazz, música brasileira e latina.

O trânsito de volta é insuportável. Mesmo com uma boa rede de auto estradas, entrar e sair de Moscovo é um pesadelo, mesmo ao fim-de-semana.

Domingo, convenção, agora no lobby do hotel aguardo os outros presenters para ir-mos ao Bolshoi ver Spartacus, simpática prenda da anfritiã... Banho, jantar às 17H15, e saída para o teatro.

Até já...

http://www.londonbodyschool.ru/